limbo dos sonhos

Porque todos nós sonhamos... nem que seja por um momento apenas!

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Sou apenas mais uma, daquelas que prefere a luz às sombras!

quarta-feira, maio 31, 2006

A lua que tu me deste

Não sei onde o momento mágico começou exactamente! Sei que me sentei na varanda, como faço sempre desde criança… as pernas penduradas, baloiçando ao sabor do que a vida me inspirar no momento! Houve fins-de-dias que como criança cantei músicas infantis, houve inícios-da-noite em que a vida ingrata me fazia chorar… Hoje, nem mágoa, nem saudade, nem música, nem lágrimas!

Sentado do mesmo modo, estavas tu… envolvendo-me em abraços, em carinhos! Fechei os olhos… como num filme, soava ao longe uma música… um música que fala de anjos! Sorri sozinha… não precisava dessa música, não precisava de cameras, de luzes, de fixismos… O momento já era mágico por si só!

O sorriso era mais que verdadeiro, mais que eterno, mais que sincero…

Tu beijas-me a nuca despida… os meus cabelos presos propositadamente, deixavam-na nua, só para os teus lábios! O tope de alças… solto, esvoaçante!

“Assim pareces mesmo uma grávida”

Tive vontade de chorar mais uma vez… Mas tu foste mais veloz!

“Um dia… vou dar-te os que quiseres!”

As tuas palavras encheram-me por completo e não há romantismo algum que bata o que o sentido deste momento e das tuas palavras tiveram em mim! De olhos fechados, serrados com força, para que não caíssem mais lágrimas neste dia (embora se estas caíssem, seria de felicidade) senti mais uma vez o teu abraço, o teu corpo, o teu calor, o teu amor… e sem dizer uma única palavra mais, assim ficou prometido que ficaríamos juntos para sempre!

Mas para ti isso era pouco… Como se não bastasse tudo o que disseste e que não disseste (mas que eu soube) prosseguiste, quebrando todos os extremos de momentos românticos e únicos que conheço:

“Vês, aquela estrela? Vou compra-la para ti…” Só não sabias que eu tinha os olhos fechados! Quando os abri, ainda não haviam estrelas… Havia azul e um misto doce e ameno de laranjas, amarelos e vermelhos… Só uma coisa brilhava no céu! Segui-te o olhar… Não havia dúvidas!

“Quando a tiver para ta dar, mando pintar-lhe o teu nome, para que todos saibam que é tua a lua”

Filipa

31-5-2006