limbo dos sonhos

Porque todos nós sonhamos... nem que seja por um momento apenas!

A minha foto
Nome:
Localização: Gondomar, Porto, Portugal

Sou apenas mais uma, daquelas que prefere a luz às sombras!

sexta-feira, julho 02, 2010

Até amanha

Quando ganhamos amigos, assim, sem pedir nada, por vezes nem sabemos reconhecer o contributo anónimo que essas pessoas doam para o que somos e nos tornamos. Nesses dias, pensamos que os amigos são eternos e que nunca nada mudará o que aquelas pessoas são para nós.
No dia em que eles partem e o vazio dos contributos já não tão anónimos, realmente ganha peso, ficam os espaços já nºao preenchidos deles, mas cheios das palavras que deviamos ter dito, dos momentos que deviamos ter tido e que o tempo nao deixou que existissem.
Desculpa, até amanha

sábado, junho 12, 2010

Felling Good

Quando as palavras nos faltam...que a imagem fale por si!

sexta-feira, junho 11, 2010



Hoje apetece-me escrever.
As palavras andam fugidas e o gosto desse vazio, trazido em memórias e textos sentidos de outras pessoas, não me soube bem.
Sinto-me enferrujada e sem um fio logico onde agarrar... como se tudo isto não passasse apenas de um novelo sem fim, com muitas pontas e um so conduto.
Agarro aquela que mais se foi desdobrando neste dia cansado. A irritação de estar num curso universitario, a 1/4 de o terminar finalmente e esta sensação estúpida de me sentir estúpida! (e não se trata de uma repetição, mas de um facto)
Dois anos de estudos teoricos e brincadeiras práticas, para encarar a realidade e tudo ser uma bela metáfora de tudo o que estudamos, metáfora bem mais complexa, bem mais embrulhada de coisas que não sabia. E sinto-me culpada e sem saber muito bem que parte não ouvi, de todas as disciplinas que fiz e passei, sem escapar a uma única por estudo!
Hoje sinto-me cansada. Aproximam-se as últimas horas e sinto-me como se nada soubesse... sinto-me incompetente na realidade, como se tudo o que sei não passasse de um grão de arroz no fundo do oceano, e eu nao sei se consigo dar mais braçadas (e por favor nao me digam que será assim para toda a vida, poque a sensação de me sentir a maior ignorante à face da terra, já é ruditiva quanto baste). Um ano de esforços, de sacrificios, de coisas que pesaram e no fim... a certeza quase certa de ser um mísero ser que aspira ser algo maior do que o que pode na realidade.
Não foi por acaso. Aquilo que me sinto hoje é bem melhor que nos últimos dois anos, é bem mais seguro... mas não no que toca ao curso, mas sim a mim! Mas e o curso universitario que me deveria dar estabilidade e segurança? Tretas! O que nao falta é desemprego e injustiças no que toca à minha futura profissão (que assim o espero, pelo menos em parte).
Nestes dias assim, sinto falta dos palcos... não os palcos de tuna, que esses felizmente temos tido imensos onde pisar, os outros palcos, a outra música, o outro eu... nestes dias, é como se tudo não passasse de uma pausa que fiz em mim propria, no meu sonho, na minha realizaçao!
Se ha coisa que me confunde neste momento, é a minha diversidade de gostos... eu gosto do contacto com as pessoas, eu adoro entender o ser humano de forma clinica, ajudar a melhorar a qualidade de vida, de cuidados, de conforto... eu adoro a enfermagem e toda a capacidade que os enfermeiros tem de tornar a vida dos outros melhor... mas falta-me algo! Aquele pequeno e insignificante "algo", que faz toda a diferença!
Falta-me o peso de um guião, falta-me anostalgia de ser outra pessoa por breves horas, falta-me o nervosismo nà flor da pele, a barriga às voltas, o cheiro a mofo dos palcos antigos carregados de memórias... falta-me o eco da voz cantada nas galerias dos mais antigos teatros, o calor dos musculos que se alongam para uma dança contemporania e o suor partilhado de tantos sonhos e encantos de irmão ( e de muito mais pessoas).
Há um cansaço que lentamente adormece em mim... não me perguntem para onde, mas foi! Não saberia encontrar respostas para isso, bem como para grande parte do que quer que fosse que me questionassem agora! Tou viva? Sim! Sinto a luz? Sem dúvida! Quero agarra-la? Com tudo o que tenho!
O guarda roupa é o mesmo, o palco, o cenario... mas sei que não há forma de parar esta peça agora e sinto esta força de não parar nunca mais... não sei de onde vem ao certo, nem sei tão pouco se faço sentido com tantas pontas puchadas de um novelo só... mas as cortinas ja se abriram depois do intervalo, começa o 2º acto... (recomenda-se que leiam as entrelinhas do brochura distribuida à entrada, aquelas letras pequenas que apenas os entendedores da arte poderam decifrar: o segundo acto, não tem previsão de tempo de duração! Recomenda-se que se aconchegue no seu lugar e se limite a disfrutar)

PS: Não é hora de coisas sentimentais, ou talvez o seja, continuo sem saber muito bem, mas nao posso deixar de mencionar, em jeito de agradecimento, o nome de alguns encenadores por trás desta peça, os responsaveis por o recomeço do 2º acto! Obrigada Jo, Kiko, Dee, Catia, Sófi, Carla e Mana,obviamente! voces fizeram-me ver que vale a pena!
PS2: Obrigada, ainda que indirectamente, ao responsavel por me trazer o fôlego para mais uma escrita!

Ana

segunda-feira, março 22, 2010

Ha manhas que amanhacem mais cansadas que outras!
O sol batee nem o morno que tras, tras luz ou força para se ser algo mais do que um ontem cansado e desesperante!
Força começa a morrer, vontade... nao sei!
Diz-me, o que te faz continuar por aqui, quando o la parece tao mais facil?

Ana Castro

domingo, abril 12, 2009

...



Ausencias demoradas
Nas horas passadas

Já não sei ser outra coisa
Já so sei ser silêncio!

sábado, dezembro 06, 2008

Desabafo



Hoje, não podia deixar de pensar que algo na vida não corre bem…que algo não bate certo, que há coisas que simplesmente não fazem sentido! Escrever, pareceu-me algo normal…uma coisa que fiz durante muitos anos e que como por magia de desvaneceu e passou a ficar-se apenas pelos poemas fugidos que se escapam nas últimas páginas dos livros da faculdade. Pedidos de alguém, que bebe poesia e esse simples pedido, faz nascer algumas linhas…algumas vezes, não todos os dias!

Mas hoje apeteceu aquela coisa diferente…aquela forma de escrever livre, sem barreiras, métricas nem tão pouco rimas! Há dias que me sinto a maior actriz do planeta e eu que critiquei tanto isso…perdoa-me! Mas ser o que somos, implica cada vez mais ser actor de nós mesmo! É estupidez, talvez seja mesmo antagónico, mas não há forma de eu o conseguir dizer de outra forma! Eu sou alguém, que convive com outros alguéns que também têm as suas maneiras de ser e de pensar (e de errar, muitas vezes, ou serei eu que estou a errada?) A verdade, é que para eu ser quem sou neste momento, de verdade, com toda a essência… teria de ser “contra” alguém! Sim, é verdade, apetece-me dizer-te que te adoro todos os dias, que te quero só para mim, que tenho saudades de me rir, de ser puto louco contigo e de estar estupidamente feliz como estivemos (e tu não podes negar isso). Sim tonto, é isso que quero e tu mesmo me disseste um dia que te fazia confusão eu não mostrar o que queria e logo a seguir, pediste espaço e mataste o pedido de eu ser eu mesma! Mas não deixo de o sentir, não deixo de o querer nem de o desejar com toda a minha alma… (incluindo, incluir esses desejos nas cartas ao “menino Jesus” como único pedido) só porque te respeito implique lá isso o que implicar!

Se olhares para o cerne da questão, eu continuo a ser eu, como imagino que seja com todas as pessoas… sou eu, como sempre fui, mas sendo actriz de mim mesma para não ir contra esse espaço que tu queres e que tu tentas manter só pela cobardia de admitires que essa “ausência de espaço” criaria uma proximidade “proibida”. Para mim, não faz sentido, magoa a cada espaço, a cada silêncio, a cada dia sem sorrisos verdadeiros…magoa, porque me sinto uma espécie de Music Box, onde alguém colocou uma moeda e ouviu com o maior dos prazeres a sua música favorita, mas quando a música acabou, alguém esqueceu-se das palavras, do momento, esqueceu-se da música… e voltou à mesma vidinha insípida! È irritante ter estes pensamentos, porque nem eu acredito que foi assim, mas sinto aquele vazio…

É nos dias como estes que se sente a solidão, que só pode ser preenchida pelas brincadeiras tolas dos amigos ou de simples convites que mostram que há amizades eternas, amizades que nos fazem esquecer por momentos os problemas e nos põem a sorrir, mesmo sem saber que o fizeram… obrigada Babi, obrigada mano! Vocês não sabem, mas hoje foram tudo…

Ana Castro

P.S- Perdoem as palavras, mas há dias que transbordam e temos mesmo que gritar!



imagem de Abílio Dias em www.olhares.com/abilio

terça-feira, dezembro 18, 2007

Despida



Esta noite
Sinto-me estranhamente
Desconfortável
Despida de mim
Nua...

Nua de essencia
Nua de mim
Numa sala inundada
De almas confusas
Onde todos gritam
E eu já não sei mais entender

E nua fico
Calada
Envolta na película de mim
Onde outre ora fui olhar
Onde um dia eu me fotografei
Onde sou...
Sendo só e apenas

Sinto-me despida
De toda a arte que me quero
De tudo o que sou sozinha
De tudo o que... sou!

Ás vezes devia mesmo estar calada
Quieta,
Parada,
Envolta em mim
E em mais nada!


Ana Castro